O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (23) mudanças nas recomendações para mamografia no Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo mulheres entre 40 e 49 anos no acesso ao exame, que passa a ser realizado sob demanda, mediante decisão da paciente e indicação médica. A medida visa estimular o diagnóstico precoce do câncer de mama, que ainda é a principal causa de morte por câncer entre mulheres no país.
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Com a atualização do protocolo, o rastreamento populacional permanece para mulheres de 50 a 74 anos, com mamografias a cada dois anos, enquanto mulheres acima de 74 anos terão avaliação individualizada, considerando comorbidades e expectativa de vida. A ampliação da faixa etária se justifica pelos dados do Ministério da Saúde, que apontam que 22,6% dos casos de câncer de mama ocorrem entre mulheres de 40 a 49 anos.
Além da mudança no rastreamento, o SUS incorporou novos medicamentos e tratamentos por meio do primeiro Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) específico para câncer de mama. Entre os avanços estão inibidores de CDK 4/6, trastuzumab entansina, supressão ovariana medicamentosa, hormonioterapia parenteral e ampliação da neoadjuvância para tumores em estágios iniciais, buscando aumentar as chances de cura e reduzir diagnósticos tardios.
A mamografia continua sendo a principal ferramenta de detecção precoce, capaz de identificar nódulos, cistos e alterações no tecido mamário antes do surgimento de sintomas. Com as novas medidas, o Ministério da Saúde pretende alinhar políticas públicas às recomendações médicas e ampliar o acesso a exames e terapias modernas para mulheres em todo o Brasil.
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